Gentílico Lisboeta, Lisbonense, Olisiponense (em desuso), Alfacinha (popular)
Orago maior:
Santo António de Lisboa
Orago menor:
São Vicente
A cidade Lisboa é a capital e a maior cidade de Portugal. Também é capital do distrito de Lisboa, da região de Lisboa, da Área Metropolitana de Lisboa, e o principal centro da Grande Lisboa. É sede de diocese e do Patriarcado de Lisboa.
Em Lisboa se localizam esses dois centros de suma importância para a comunidade européia.
A região situa-se à volta da cidade de Lisboa, do estuário do Tejo e da Península de Setúbal. Tem aproximadamente de 509 751 habitantes (2006) e uma área metropolitana que ocupa cerca de 2.750 Km2, com cerca de 3 milhões de habitantes. Esta e a cidade constituem 27% da população do país. O concelho de Lisboa tem 83,84 km² de área. A densidade demográfica é de 9518,1 hab./km².
O concelho subdivide-se em 53 freguesias e faz fronteira com os municípios de Odivelas e Loures, Oeiras, Amadora e com o estuário do Tejo. Por este estuário, Lisboa une-se aos concelhos da Margem Sul: Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete.
HISTÓRIA
Diz a lenda popular e romântica que a cidade de Lisboa foi fundada pelo herói grego Ulisses, e que tal como Roma o seu povoado original foi rodeado por sete colinas.
Com a chegada dos celtas estes misturaram-se com os Iberos locais, dando origem às tribos de língua celta da região.
Os gregos antigos tiveram provavelmente na foz do rio Tejo um posto de comércio durante algum tempo, mas os conflitos que ocorriam por todo o mediterrâneo, levaram ao seu abandono, devido ao poderio Cartaginense de toda a região.
Após a conquista de Cartago, os romanos iniciam as guerras de pacificação do ocidente. Cerca de 205 a.C. os Ulissiponenses estabeleceram uma aliança com os romanos, lutando lado a lado. Felicitas Julia, como a cidade viria a ser conhecida, juntamente com os territórios em redor, se beneficiam, não pagando impostos a Roma, ao contrário dos outros povoados. Desenvolveu uma grande autonomia na província da Lusitânia, cuja capital era Emeritas Augusta, a atual Mérida (na Extremadura Espanhola). Ptolomeu chamou a cidade de Oliosipon.
Findo o domínio romano Olissipo seria um dos primeiros núcleos a acolher o cristianismo. O primeiro bispo da cidade foi São Gens. Sofreu invasões dos alanos, vândalos e fez parte do reino dos suevos, antes de ser tomada pelos visigodos de Toledo, que a chamaram de Ulishbona.
No ano 719, Lisboa foi tomada pelos mouros do norte de África. Em árabe chamavam-lhe al-Lixbûnâ. Somente depois de 400 anos que os cristãos a reconquistaram, graças ao primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henriques, e ao exército de cruzados, em 1147. Dom Afonso concedeu-lhe foral em 1179. E, a cidade tornou-se capital do reino em 1255. No Século XIV, foi elevada a metrópole (arquidiocese).
Nos últimos séculos da idade média a cidade tornou-se um importante porto mantendo comércio com a Europa e as cidades do Mar Mediterrâneo. Em 1290, rei Dom Dinis criou primeira universidade de Portugal, em Lisboa (que foi transferida para Coimbra em 1308).
Dom Fernando I, "o Formoso", construiu a Muralha Fernandina, devido ao crescimento da cidade para fora do perímetro original.
De Lisboa partiram as expedições na época dos descobrimentos, como a de Vasco da Gama.
Lisboa foi palco de uma mistura de raças jamais vista na Europa.
Também em Lisboa que ocorreu a principal revolta ocasionando a Restauração da Independência, em 1640.
No reinado de Dom João V, ocorreu uma grande obra pública: o Aqueduto das Águas Livres.
Em 1755, a cidade foi destruída por um terremoto.
Sendo reconstruída, mais tarde, segundo os traçados do Marquês de Pombal (daí o nome da parte central ser Baixa Pombalina).
Nos planos de reconstrução se desenhou as praças do Rossio e Terreiro do Paço com uma belíssima arcada e aberta ao rio Tejo.
Napoleão Bonaparte,invadiu Portugal no início do século XIX obrigando o rei Dom João VI a retirar-se para o Brasil, deixando a cidade a merce dos invasores e saquiadores.
Em Lisboa ocorreram revoltas ou revoluções: a implantação da república em Outubro de 1910, e a Revolução dos Cravos que, em Abril de 1974,
pôs fim ao regime que vigorava desde 1928 (com a designação de Estado Novo desde 1933). Desde esta data, Lisboa e o país são governados por regime democrático.
Localizada na margem direita do rio Tejo, com altitude máxima na Serra de Monsanto, Lisboa é a capital mais ocidental da Europa. Situada a oeste de Portugal, na costa do Oceano Atlântico.
Os limites, bem delimitados levou à criação de várias cidades ao redor de Lisboa, como Loures, Odivelas, Amadora e Oeiras, que fazem parte do seu perímetro metropolitano.
O centro histórico da cidade é composto por sete colinas. Suas ruas são estreitas, não permitindo passagem de veículos. A cidade serve-se de três funiculares e um elevador (Elevador de Santa Justa). A parte ocidental da cidade é ocupada pelo Parque Florestal de Monsanto, um dos maiores parques urbanos da Europa.
Duas pontes unem a cidade à margem sul do rio Tejo:
A ponte 25 de Abril e a ponte Vasco da Gama, esta com 18 km de comprimento, é a maior da Europa e uma das maiores do mundo.
Lisboa é um dos climas mais amenos da Europa, e é influenciado pela Corrente do Golfo.
Na estrutura demográfica, as mulheres representam mais de metade da população (54%) e os homens 46%.
A cidade apresenta uma estrutura etária envelhecida, com 25% de idosos (65 anos ou mais).
O município de Lisboa é administrado por uma Câmara Municipal composta por 17 vereadores.
Existe uma Assembleia Municipal, constituída por 107 deputados.
A cidade de Lisboa é composta de 53 freguesias. Que estão agrupadas, para efeitos administrativos, em quatro bairros.
Economia
Centro Comercial Vasco da Gama, antiga área da Expo'98, no actual Parque das Nações.
Torre São Gabriel no Parque das Nações.
O Porto de Lisboa é o porto mais ativo da Costa Atlântica Europeia.
A cidade tem vários portos desportivos, como em Belém, Santo Amaro, Bom Sucesso, Alcântara e Olivais.
A Área Metropolitana de Lisboa é industrializada. Principais industrias: refinarias de petróleo, indústrias têxteis, estaleiros, siderurgia e pesca.
É o segundo centro financeiro e económico mais importante na Península Ibérica, apenas atrás de Madrid.
Cultura
Lisboa é uma cidade com intensa vida cultural, sendo considerada um dos grandes centros culturais europeu. Considerada uma das cidades mais cosmopolitas da Europa. É possível, numa só viagem de metro ouvir falar línguas como o cantonês (da China), o crioulo cabo-verdiano, o gujarati (da Índia), o ucraniano, o italiano ou o português com pronúncia moçambicana ou brasileira. E nenhuma delas falada por turistas, mas sim por habitantes da cidade.
Lisboa é a oitava cidade do mundo mais procurada para a realização de eventos e congressos internacionais
Alguns deles: Gymnaestrada, a MTV Europe Music Awards, o Rali Dakar, o Rock in Rio ou os 50 anos da Tall Ships' Races (Regata Internacional dos Grandes Veleiros).
A especulação imobiliária tem arrasado com milhares de prédios antigos, para dar lugar a habitações mais modernas.
A cultura de Lisboa é de diversidade e de mistura.
As estações do ano são marcadas por diferentes acontecimentos culturais.
Em Março, ocorre na célebre "Meia Maratona" de Lisboa, atletas de vários países e milhares de participantes atravessam a Ponte 25 de Abril.
E em junho, a noite de Santo António é considerada a maior festa do ano em Lisboa, maior até do que a da passagem de ano.
E os eventos seguem por todas as estações. Infelizmente, não dá para citar todos.
Espaços Públicos e Museus
Panorâmica do Parque das Nações, onde se realizou a Expo'98.
Teleféricos, na antiga área da Expo'98, no actual Parque das Nações.
Lisboa dispõe de numerosas universidades públicas e privadas, bibliotecas (Biblioteca Nacional).
Museus, destacando-se o Museu Nacional de Arte Antiga, o Museu Calouste Gulbenkian, o Museu Nacional dos Coches (o mais visitado do país).
Nas salas de espectáculos destacam-se o Coliseu de Lisboa,
Aula Magna da Universidade de Lisboa, o Teatro Nacional de São Carlos (ópera), os auditórios da Fundação Calouste Gulbenkian e a Praça de Touros do Campo Pequeno
Igrejas
Das inúmeras Igrejas que há em Lisboa destacam-se entre outras:
Igreja de São João de Deus (Lisboa)
Igreja de São Vicente de Fora
Igreja de São Francisco de Paula
Templos de Outras Religiões
Monumentos
Como monumentos destacam-se, na Lisboa medieval:
Castelo de São Jorge, na colina mais alta do centro da cidade.
Bairro de Alfama, de estreitas vielas e que sobreviveu ao terramoto de 1755.
Sé de Lisboa.
Da cidade da época dos Descobrimentos podemos ver hoje na zona de Belém, duas construções classificadas pela UNESCO como Património da Humanidade:
Mosteiro dos Jerónimos, mandado construir pelo Rei D. Manuel I.
Torre de Belém, construção militar de vigia na barra do Tejo.
Do início do século XVIII o monumento mais significativo é o Aqueduto das Águas Livres.
Praças do Comércio (o Terreiro do Paço), junto ao Tejo, e do Rossio.
Praça dos Restauradores e o Elevador de Santa Justa, projectado em finais do século XIX.
Temos ainda, os palácios reais das Necessidades e da Ajuda, na parte Oeste da cidade.
Em finais do século XIX, a cidade se extendeu além da Baixa para o vale da atual Avenida da Liberdade.
Em 1934 é construída a Praça do Marquês de Pombal, remate superior da avenida.
No século XX sobressaem os planos urbanísticos das Avenidas Novas, da Universidade de Lisboa (Cidade Universitária), e da zona dos Olivais. Mais recentes do Parque das Nações e da Alta de Lisboa, ainda em construção. Os edifícios mais notáveis em termos de arquitetura são: as Torres das Amoreiras, o Centro Cultural de Belém, a Estação do Oriente, a Torre Vasco da Gama e o Oceanário de Lisboa.
Música
A música tradicional de Lisboa é o fado, canção nostálgica acompanhada à guitarra portuguesa. De origem obscura, surgido na metade do século XIX.
Outra explicação para a origem do fado remete para os cânticos dos Mouros, que viveram no bairro da Mouraria.
Principais Companhias de Teatro
Companhia de Teatro Nacional (no Teatro Nacional D. Maria II)
Teatro da Comuna - Teatro de pesquisa
Teatro da Cornucópia
Novo Grupo (Teatro Aberto)
Teatro
Teatro Nacional de São Carlos
Teatro do Bairro Alto (também conhecido como Teatro da Cornucópia)
Cinema
Todos os anos têm lugar os seguintes festivais:
Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa.
DocLisboa - Festival internacional de cinema documental
IndieLisboa - Festival internacional de cinema independente
MOTELx - Festival Internacional de Cinema de Terror
Dança
Lisboa acolhe a Companhia Nacional de Bailado, companhia estatal e única com uma programação de dança clássica e contemporânea em Portugal. Após a Expo'98, a CNB tornou-se residente do Teatro Camões, junto ao Tejo, no Parque das Nações.
A Companhia de Dança de Lisboa, CDL, fundada em 1984 com os objetivos de, divulgar e descentralizar a dança. Ensinar as diferentes técnicas de dança em aulas abertas à população (a partir dos 3 anos de idade),
Gastronomia
Lisboa é influenciada pela proximidade do mar. Pratos típicos: lisboetas a açorda de marisco, as pataniscas de bacalhau, os peixinhos da horta (bolinhos fritos de feijão verde, não de peixe).
Como doce temos os pastéis de Belém, famosos no país. No estrangeiro vulgarmente conhecidos como pastéis de nata.
Infra-estruturas e transportes
O aeroporto de Lisboa (aeroporto da Portela) situa-se a 7 km do centro. Foi aprovado em 2008 a construção de um novo aeroporto na zona do Campo de Tiro de Alcochete, na margem sul do Tejo, a cerca de 40 km da cidade.
A cidade dispõe de uma rede ferroviária urbana e suburbana com 9 linhas (sendo 4 de metropolitano (metro) e 5 de comboio suburbano) e 119 estações (48 de metropolitano e 71 de comboio suburbano).
Existe ainda uma rede de transportes fluviais, a Transtejo, que liga as duas margens do Tejo ao sul.
Lisboa e a sua área metropolitana são também atravessadas por inúmeras auto-estradas. Existem duas auto-estradas circulares - Circular Regional Interior de Lisboa (CRIL) e Circular Regional Exterior de Lisboa (CREL ou A9).
Lisboetas (Alfacinhas) ilustres:
Se deve esse termo de Alfacinhas ao cultivo de "plantas hortenses utilizadas na culinária, na perfumaria e na medicina" que tinham o nome de alfaces. O certo é que a palavra ficou consagrada e que os grandes da literatura portuguesa habituaram-se a tomar alfacinha por lisboeta.
Artesanatos
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